quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Primeiro sobre o título.

Andava no Facebook a partilhar ideias. Gosto da ideia de haver retorno, de estar sempre alguém atento. Mas escrevemos e as notas guardam-se num armário onde nunca mais ninguém as descobre. É pouco. Um blog resolve isso. Mas não resolve a questão do retorno. Faz falta nos blogs aquele botão que diz "Gosto disto", disponível no Facebook. O botão em que se clicka para dizermos que estamos lá... que gostamos, sem termos que escrever mais do que isso. E porventura para quem escreve esse é um ponto importante. É o minímo, que alguém vá lendo, e vá sorrindo ou cerrando os dentes, independetemente de partilhar a sua opinião.
Tinha aqui um dilema. Resolvi-o: cria-se um blog e vai-se fazendo ligações para o Facebook.
Desafio seguinte: o nome. O nome? Não sei... Não sei!!! Nada melhor. A mim que tenho que me confessar ter nas maiorias das vezes razão e saber muitas coisas (ora porque me arrogo tal título, ora porque disfarço muito bem, ora porque os meus interlocutores têm a bondade de não me desmascarar o bluff, ou a amizade de o fazerem, às vezes sorriem e é bom, outras vezes põe-me a nu, mais ou menos abruptamente, e eu sou uma rapariga sensível, mas passa), sabe tão bem dizer que não sei.
É que fazer o papel da ponderada, conscienciosa, atenta, acertada é tão cansativo quanto seguro.
Estou mais pronta para abdicar um pouco...
Embora me mantenha com todo o corpo e alma à procura de boas respostas (já não as melhores!) para mim, e para os outros que reconhecem em mim o equilíbrio e a confiança necessárias aos bons e maus momentos da vida. Mantenho-me até porque me faltam outras qualidades na vida e há que cuidar das boas!
Estou mais pronta para abdicar um pouco... Agora com 30 e uns quantos, sinto-me mais livre para dizer que não sei.
Acho que é comum a muitos. Principalmente a muitas. Talvez uma antecipação dos aureos 40 (que nos fascinam e nos assustam, de um modo ou de outro, não tenho pressa nenhuma de lá chegar).
Não sei...

2 comentários:

Lopes (Henda) disse...

Parece que vou ter de vir debicando de tempos a tempos algumas palavras aqui vejo. Gostava de saber tudo, só para não ter que viver o quanto sei que não sei. Mas a vida dá-nos o que precisamos (acredito eu!) e às vezes sinto que crescer é também largar certezas.

P.S. Lopes Gosta deste post!

Tânia Cardoso disse...

TY Lopes! Gosto da versatilidade desse EU coerente. É bom debicar aqui e acolá. São debiques diferentes, permitem-nos coisas diferentes, no TODO fazem sentido. E parece que começámos bem! Aqui e acolá, agradeço a participação e o olhar atento.