segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Que querido...

Hoje saí tarde.

Estou em contagem decrescente para dia 22 de Dezembro. Está tão próximo, não está?!

Pensei, "Bom... sempre fujo ao trânsito!".

"O" trânsito resolveu esperar por mim... até às 21h!! Tão querido não é?

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Aqui estou...

Fui sugada pelo sistema...
Tento gerir energias, num gesto claro de sobrevivência, protegendo-me a mim e aos cá de casa de danos irreparáveis. Temo-nos aguentado. Sabemos bem a razão de tamanho esforço e sacríficio... e sabemos que é transitório... e está quase a passar.
Inventámos estratégias para "passar bem" e retirar partido das pequenas coisas e do nada... E vamos andando... bem!
Quando a "coisa" aperta mesmo... sei que estou na cama cedo... assim a conservar energias para a luta do dia seguinte. Passo muitas horas a mil... e as outras numa espécie de hibernação.
Mantenho em mente: aguenta, aguenta... com poucos estragos!
Chega a ser divertido...
As adversidades aguçam-nos a criatividade... chamam-nos ao que é essencial.
Cá em casa tentam manter o ritmo normal, e encher os momentos de alegria e coisas banais. De vez em quando o pequeno M. dispara... faz umas birras bem feitas, daquelas de nos sentarmos no sofá e ficar só assim... muito tempo. Todo o tempo. Na maioria das vezes usa e abusa dos abraços apertados, brincadeiras a dois, a três e a quatro (o gato!) parvas, tolas e inventadas ao momento. Passa a gostar mais de histórias (porque são mais compatíveis com o meu estado de energia próxima do zero), e vinga-se nas "touradas" com o pai (ie, gritar, pular, rebolar no chão, na cama, no sofá...e rir...rir). Tudo o resto anda próximo do normal... como tem sido nossa prioridade.
Sobretudo tentamos não nos sobrecarregar com mais obrigações, do que as que aceitámos em primeira mão há uns meses (11?) nem com tarefas extra, nem com nada que não seja essencial. Trabalhamos e então... Comemos, dormimos, estamos e passeamos. Nada mais! Ah, sobra tempo para pensar...
E vamos andando... bem!
A minha falta de disponibilidade mede-se de várias maneiras... conforme as épocas.
Como toda a gente, são as pessoas que se queixam que não devolvo chamadas, que não apareço... e isso tudo. Que ando irritadiça, irónica... e assim. Os atrasos no tratamento das roupas. O abuso de comida já feita, almoçar sanduíche, sopa, ter um monte de assuntos para tratar... chamarem-me "mau feitio" no trabalho, ser mais directa, incisiva, cortante (bruta?) etc, etc... Comum!
Mas quando é que EU sei que EU estou sem tempo?
- quando passam muitos dias sem ter as unhas pintadas, e ao pintá-las é de um tom natural! (falta de cuidar de mim, ou cuidados defensivos)
- quando as couves do FVille secam... (estou muito tempo em frente de um computador e nem me lembro)
- quando a casa está muitos dias seguidos arrumada... é para além do limite... quer dizer que nem chega a ser desarrumada (vamos andando por aqui, mexendo uns nos outros mas não nas coisas)
- quando a gaveta das camisolas, se parece com um saco de viagem... no regresso, tudo lá para dentro! (esta não, esta também não...arrumo depois...desisto, vou vestir uma camisa)
- quando uso os mesmos brincos vários dias por semana! (estes ficaram bem ontem, ficam bem hoje... estes ficam bem com tudo)
- quando levar com um raio de sol na cara... é tão saboroso como um dia inteiro na praia num dia de Verão! (...)
Mas também sei quando começo a vislumbrar pontas de disponibilidade!!
Volto a escrever mesmo antes da disponibilidade chegar. Assim que começo a perceber que já não é tão necessário manter reservas de energia...
Aqui estou!
Ah... hoje fui "meter" férias!! Cometi uma loucura! hihi

domingo, 18 de outubro de 2009

E Sobre a Razão

Retirado de um Dicionário de Sentimentos Editado por uma amiga.

Entre muitas coisas que já fazem sentido, outras que farão... e outras que não, porque não?!... esta é convidada de hoje, aqui...

"Razão: São palavras na nossa boca que saem tão alinhadas que toda a gente nos percebe", (AN, 2009)

Grata.

http://graodeareia2.blogspot.com/2009/10/do-dicionarios-dos-sentimentos-4.html

Sobre o Título e Sobre a Razão

Sobre o Título e Sobre a Razão do Blog.
(ver ttp://naoseisou.blogspot.com/2009/09/primeirso-sobre-o-titulo.html)

Eu não diria melhor... portanto por que não citar?

"Há uns aninhos os homens mandaram para o espaço uma sonda cheia de mostras da nossa cultura/civilização na esperança de não estarem sós no universo. Hoje milhares de nós enviamos a cada minuto mensagens para o universo virtual cheias de pequenas coisas nossas na esperança que alguem responda e nos faça sentir menos sós." (RM, 2009)

Dois Heróis

Hoje fui à Fnac. É daquelas opções inteligentes... para quem pode ir numa manhã durante a semana, em que está pouca gente e assim... ir para um shopping ao Sábado, é mesmo uma ideia esperta.

Mas não foi nada disto que me fez vir aqui.

Estava eu a caminho da caixa sem o livro de Natal que queria comprar para o meu filho e com o livro de todos os tempos que encontrei para mim do Richard Zimmler.

Fiquei um tempão a procurá-lo em Lit. Traduzida, afinal de contas ele é americano, e também em Lit. Lusófona, afinal de contas ele tem dupla nacionalidade... ainda deu tempo para tentar procurar nas minhas memórias se saberia se ele escreve em Português ou em Inglês... não encontrei nada... nem na minha memória nem nestas duas secções.

Sentei-me.

A tentar perceber o que se estaria a passar.

Levantei-me.

Percorri prateleireira a prateleira, estante a estante.

E funcionalmente desisti.

Emocionalmente não. E por isso não me fui embora, sou esperta!! (e caprichosa)

Fui ver outras coisas... assim como quem diz (depois de já ter dito para mim própria que eram sinais dos deuses para não comprar o livro hoje), o livro há-de aparecer no meu caminho (porque eu queria taaanto)...e pumba, Letreiro: Romance Histórico. Claro, Romance Hitórico! Lá estava, o que eu queria e mais uns tantos... Agarrei-o. Acho que o abracei, verdade... assim como se o tivesse perdido!

Mas também não foi nada disto que me fez vir aqui.

Dizia, ía eu a caminho da caixa (com o livro na mão...) Mentira. Uma parte da história aconteceu enquanto eu estava à procura do livro.

História (eu estava lá!) - parte I, Herói da História de Portugal

Uma rapariga, telefona para a irmã. Entre o indignado e o orgulhoso. Então não era que tinham publicado cartas do avô num livro recentemente publicado e nem sequer tinham pedido autorização... "Tá aqui tudo", dizia ela para a irmã. "O nome, tudo! Onde é que eles foram arranjar isto? Pronto, fico a pensar..."

Fiquei curiosa. Quem seria o avô? Que cartas... era o Cônsul? O próprio?

Ela acabou o telefonema..."Pronto era só para te dizer, achei curioso. Acho giro. Era para saberes"

Eu afastei-me (depois de ter tentato ver a capa... sem sucesso).

Que giro, pensava eu... Alguém com uma história suficientemente interessante... vem nos livros...e a neta, aqui, entra-lhe o livro pela curiosidade adentro. Alguém que marca a nossa História! Um Herói... Fiquei contente.

As hormonas agora têm este efeito!!

(E depois é que fui para a caixa! mas no caminho passa-se a parte II)

História (eu também estava lá) - Parte II, Herói da História de Todos os Dias

Outra rapariga ao telefone. "Achas que leve este para ele? Acho que vai gostar (...). Pois também acho. Acho que é bom para ele ler na ambulância. Pois, então vou levar."

Outro Herói. Um amigo? Familiar? Um Herói para muitos alguéns! Alguém que marca a história de alguém todos os dias!

Vim à Fnac num Sábado de manhã e tropecei em Dois Heróis. Fiquei mesmo... nem sei, é das hormonas! E não só...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Em sina

Visitava o álbum de fotografias de uma amiga do outro lado do oceano: babymoon in Hawaii. Demais!! Os americanos são um espectáculo! ...in a way, anyway!
Estariam grávidos de pouco tempo e escreveram na praia o nome da menina, que viria a nascer em 2009, referindo que era a primeira vez que se escrevia o nome da sua filha, que nasceria daí a 5 meses, na areia. Para além de tremendamente romântico, no sentido parental e casamental do termo, fez-me pensar... (pois...).
A vida ensina-nos dores com as quais antes de conseguirmos lidar, muito antes, nos deixam sem aquela crença, aquele saber profundo de que tudo vai correr bem. Tira-nos uma parte do ânimo, desarma-nos e deve ser isso que ao longo dos tempos faz ficar cada vez mais pequenina a criança que há em nós.
Lembro-me bem da minha primeira gravidez. Escreveria também na praia, naquela segurança de que tudo vai correr como esperado. E correu...
E agora, três anos depois, duas perdas nas nossas vidas depois [para que não haja corações amigos com taquicardia conjuntural, esclarece-se que perdas há muitas, de muitos tipos, ok?], abruptas, sem aviso, sem apelo e com agravo... escreve-se a vida com cuidado, ao ritmo das conquistas e não do entusiasmo.
Creio que há-de chegar o sábio tempo em que a falta de controlo sobre os acontecimentos deixa de nos atordoar e terá o mesmo fascínio que as fadas têm quando somos crianças.
Pelo meio, existe esta coisa chamada Ser Adulto, que estou a descobrir que é muito mais duro e confuso do que ser adolescente... muito mais.
notas: a palavra ensina, tem dentro sina, parece que nos quer mesmo dizer dentro da tua sina, aprende lá, aceita lá, fica lá, na sina, em sina
outra nota: este post não é propriamente bonito, ou positivo, de algum modo não me revejo nele, mas ele é muito do que sinto.

Primeiro sobre o título.

Andava no Facebook a partilhar ideias. Gosto da ideia de haver retorno, de estar sempre alguém atento. Mas escrevemos e as notas guardam-se num armário onde nunca mais ninguém as descobre. É pouco. Um blog resolve isso. Mas não resolve a questão do retorno. Faz falta nos blogs aquele botão que diz "Gosto disto", disponível no Facebook. O botão em que se clicka para dizermos que estamos lá... que gostamos, sem termos que escrever mais do que isso. E porventura para quem escreve esse é um ponto importante. É o minímo, que alguém vá lendo, e vá sorrindo ou cerrando os dentes, independetemente de partilhar a sua opinião.
Tinha aqui um dilema. Resolvi-o: cria-se um blog e vai-se fazendo ligações para o Facebook.
Desafio seguinte: o nome. O nome? Não sei... Não sei!!! Nada melhor. A mim que tenho que me confessar ter nas maiorias das vezes razão e saber muitas coisas (ora porque me arrogo tal título, ora porque disfarço muito bem, ora porque os meus interlocutores têm a bondade de não me desmascarar o bluff, ou a amizade de o fazerem, às vezes sorriem e é bom, outras vezes põe-me a nu, mais ou menos abruptamente, e eu sou uma rapariga sensível, mas passa), sabe tão bem dizer que não sei.
É que fazer o papel da ponderada, conscienciosa, atenta, acertada é tão cansativo quanto seguro.
Estou mais pronta para abdicar um pouco...
Embora me mantenha com todo o corpo e alma à procura de boas respostas (já não as melhores!) para mim, e para os outros que reconhecem em mim o equilíbrio e a confiança necessárias aos bons e maus momentos da vida. Mantenho-me até porque me faltam outras qualidades na vida e há que cuidar das boas!
Estou mais pronta para abdicar um pouco... Agora com 30 e uns quantos, sinto-me mais livre para dizer que não sei.
Acho que é comum a muitos. Principalmente a muitas. Talvez uma antecipação dos aureos 40 (que nos fascinam e nos assustam, de um modo ou de outro, não tenho pressa nenhuma de lá chegar).
Não sei...